terça-feira, 16 de novembro de 2010

IV..:: Feira do Livro ::.. de São Luis.


Por Júnior Vieira

A cultura está dominando todos os espaços da 4ª Feira do Livro de São Luís, promovida pela Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func). Nos diversos estandes e tendas montadas, o público está tendo a oportunidade de comprar livros a preços mais baixos e conhecer e participar de atividades e projetos.

Um desses projetos é o “Caminhos da Memória”, realizado pela Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (FUMPH), que começou hoje (15/11) e permanecerá na Feira até o dia 21. A ação tem como objetivo integrar a população na conservação e no uso do patrimônio, de acordo com as estratégias de promoção do desenvolvimento social, econômico e ambiental sustentável do Centro Histórico da cidade. “Serão discutidos temas relacionados à formação da identidade brasileira e à memória da cidade, com exibição de documentários e, em seguida, diálogo entre os participantes”, diz a historiadora e coordenadora do Projeto, Silvana Régia Pinto Campêlo.

Durante as tardes da Feira, historiadores e turismólogos da Coordenação de Memória e Documentação da FUMPH apresentarão palestras aos visitantes sobre Educação Patrimonial e o Centro Histórico de São Luís no próprio estande da Fundação, montado na Praça Maria Aragão.

A idealização - O Projeto “Caminhos da Memória” surgiu em 2000. Inicialmente, as ações se restringiam a palestras sobre patrimônio em algumas escolas. “Em seguida, passamos a fazer visitas através de roteiros sistematizados para que o caminhante tivesse a percepção de que esta cidade respira história e que fazemos parte dela”, comenta Silvana Régia.

Os roteiros elaborados, inseridos numa perspectiva didática que apresentem as faces da cidade, seguem temáticas específicas e os atrativos indicados correspondem a esses temas. “Temos cinco roteiros, entre eles o histórico-cultural, museus e igrejas de São Luís. Vale a experiência. São Caminhos da Memória de um lugar, mas antes de tudo, de quem faz parte desta história”, descreve a historiadora.

O Projeto, em edições anteriores, teve como público-alvo os internos do Hospital Nina Rodrigues, alunos do município de Açailândia, delegados da Polícia Federal e os visitantes das edições anteriores da Feira do Livro.

Os interessados em participar do projeto com a sua comunidade, grupo ou escola deve agendá-lo na sede da FUMPH, localizada temporariamente na Rua do Egito, 195, munido de solicitação por escrito.


Jovens aprendem a elaborar projetos sociais na Casa da Juventude
Seg, 15 de Novembro de 2010 20:44 | Escrito por Olivia Vidigal | | |
A oficina teve o objetivo de estimular nos jovens a criação de projetos para serem aplicados junto às suas comunidades.

Por Alberto Campos

O fortalecimento das políticas públicas em relação aos jovens, a participação social dos grupos e movimentos juvenis são os temas que têm movimentado a Casa da Juventude, espaço montado dentro do auditório do Memorial Maria Aragão com programação direcionada ao público jovem da 4ª Feira do Livro de São Luís.

Nesta segunda (15), aconteceu o Encontro Municipal de Juventude com o tema “A Participação Juvenil na Mudança Social”, com a presença de representantes do Fórum Nacional da Juventude Negra (FONAJUNE), Coletivo de Jovens Feministas, Rede Jovens do Nordeste, Central dos Estudantes Secundaristas (CES), Rede Sou de Atitude e da União Mocidade das Assembléias de Deus de São Luís. No encontro, foi ministrada a oficina de gestão e elaboração de projetos coordenada pela representante da Rede Amiga da Criança, a jornalista Ivana Braga.

A oficina teve o objetivo de estimular nos jovens a criação de projetos sociais para serem aplicados junto às suas comunidades. Com uma metodologia que abrange desde a etapa inicial de elaboração de projeto até a captação de recursos, a oficina despertou o interesse dos jovens presentes no encontro.

Segundo Ivana, a idéia do projeto é despertar na juventude a importância de serem agentes mobilizadores de políticas públicas em suas comunidades. “Os grupos precisam deixar marcas. É preciso estimular nos jovens a consciência do papel deles na sociedade, que eles tenham o reconhecimento de si mesmos e a partir daí possam se colocar frente às necessidades sociais das comunidades onde eles estão inseridos”, disse a coordenadora.

Após a oficina, foi organizada uma roda de diálogo com os jovens representantes das instituições presentes para propor ações nas comunidades. De acordo com Dayana Roberta, a coordenadora do espaço Casa da Juventude, o foco dos debates que acontecem nas rodas de diálogo é fortalecer os grupos e movimentos juvenis no Estado. “A interação entre os grupos nesse processo é fundamental para o processo de organização dos projetos e aplicação nas associações comunitárias, nas escolas dos bairros, nas igrejas e nos grupos organizados”, disse Dayana.

A programação do dia foi encerrada com a mostra do Cine Juventude e uma apresentação cultural.

A 4ª Feira do Livro de São Luís é uma promoção da Prefeitura, por meio da Fundação de Cultura e acontece até o dia 21 de novembro com atividades das 14h às 22h.


Atriz e contadora de estórias Marina Bastos é atração desta quinta, 18, na Feira do Livro
Seg, 15 de Novembro de 2010 19:57 | Escrito por Olivia Vidigal | | |


A leitura de contos acontecerá às 17h no Circoler, ao lado do Espaço Cultural.

Por Júnior Vieira

A 4ª Feira do Livro de São Luís, promovida pela Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), está se mostrando um espaço cultural democrático. Públicos de todas as faixas etárias estão podendo desfrutar das diversas ações que estão sendo realizadas na Praça Maria Aragão e no Espaço Cultural, locais onde estão montados os espaços que compõem o evento, que acontece até o próximo domingo, 21, sempre das 14h às 22h.

As crianças têm sido as que mais estão aproveitando. Além dos vários livros direcionados a esse público, a coordenação da Feira elaborou uma programação intensa que oferece de oficinas a apresentações de espetáculos.

No Circoler e no Teatro Reynaldo Faray, por exemplo, atores e educadores se revezam na realização de peças teatrais e contação de histórias, o que está encantando os pequenos e os pais. “Eu não consigo fazer com que meu filho preste atenção quando eu leio uma história para ele. Aqui, ele não perde um momento da leitura. Estou adorando”, conta a auxiliar administrativa Renata Moura, mãe do pequeno Eduardo, de quatro anos.

As atividades costumam durar de 40 minutos a uma hora e variam de apresentações realizadas por estudantes de escolas públicas a encenações teatrais com atores profissionais. “As leituras, ou contações de estórias, são feitas por arte-educadores e atores”, diz o coordenador geral da Feira, José Ribamar Paixão, acrescentando que muitos desses profissionais estão vindo de outros estados, motivados pelo sucesso que o evento vem fazendo e pelas oportunidades de mostrar o trabalho para um público numeroso, como o que tem freqüentado a Feira de São Luís.Uma dessas profissionais é a atriz e contadora de estórias Marina Bastos, que se apresentará no Circoler na próxima quinta-feira, 18, às 17h.

A paulista Marina Bastos atua no teatro há quase 12 anos. “Essa experiência eu utilizo quando conto estórias. Sinto facilidade em fazer uso de objetos, cantigas de roda e brincadeiras para despertar o interesse da criança de 0 a 100 anos. Assim consigo incentivar a leitura, área em que atuo há quatro anos”, diz a atriz, que trabalha com a literatura e com a tradição oral. “As histórias possuem valores fundamentais que proporcionam um encontro com o que há de melhor em cada um de nós. Ouvindo histórias, a pessoa aprende sobre ela mesma e sobre o mundo. E é convidada a entrar no mundo dos livros”, finaliza Marina Bastos.


Crianças se divertem na Feira do Livro
Seg, 15 de Novembro de 2010 12:58 | Escrito por Olivia Vidigal | | |


O evento literário está desenvolvendo uma programação exclusiva para o público infantil

Por Júnior Vieira

Como acontece em todas as edições da Feira do Livro de São Luís, promovida pela Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), as crianças dispõem de uma extensa grade de atividades lúdicas. São oficinas, exibições de curtas-metragens, apresentações teatrais, entre outras atividades que vem chamando a atenção infantil.

No Espaço Brincando com a Leitura, que está sob a coordenação do Serviço Social do Comércio (Sesc - MA), os instrutores se revezam para dar conta da demanda. As crianças não param de chegar e saem de uma oficina para outra. “Estamos com uma variedade muito grande e isso desperta a curiosidade infantil”, diz a produtora cultural do Espaço Infantil, Francisca Costa.

Em uma das oficinas, a de Tangran, os pequenos constroem objetos e animais a partir de formas geométricas, em um trabalho de recorte e colagem. Na Oficina de Ilustração, as crianças produzem seus próprios livros. Há, ainda, oficinas de conto, de poesia, entre outras. “Realizamos quatro vezes, todas as tardes, as mesmas oficinas, para que todos que nos visitam tenham a oportunidade de participarem”, diz Francisca Costa.

A produtora cultural revela, ainda, que as escolas podem fazer o agendamento, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed). “A Prefeitura, então, envia um ônibus para buscar os alunos”.

Outro espaço que está atraindo o público infantil é o Teatro Reynaldo Faray – que também possui uma programação voltada para os mais velhos. No espaço acontecem leituras de contos infantis e apresentações teatrais curtas.

No Circoler, montado ao lado do Espaço Cultural, todos os dias inicia a programação com atividades trazidas por escolas públicas. A Unidade de Ensino Básico Amaral Raposo, localizada em Pedrinhas (zona rural de São Luís), por exemplo, apresentou uma roda de capoeira, projeto desenvolvido com crianças, adultos e adolescentes tanto de Pedrinhas, quanto dos bairros Nova República e Vila Itamar. De acordo com um dos participantes, o estudante Marcelo Almeida, cerca de 50 pessoas são beneficiadas pela ação, que partiu de uma iniciativa dos mestres em capoeira Ribaldo e Gentil. “Antes a atividade acontecia em mais locais, mas os mestres tiveram que restringir, por falta de tempo”, disse Marcelo. Ainda no Circoler acontecem apresentações teatrais, algumas resultantes de projetos desenvolvidos em escolas públicas.

Outras atividades acontecem nos diversos espaços da Feira do Livro de São Luís, que está montada na Praça Maria Aragão até o próximo domingo, 21, com programação sempre das 14h às 22h..


História do Dicionário Aurélio movimentou o Café Literário neste domingo, 14
Dom, 14 de Novembro de 2010 23:38 | Escrito por Carlos Benalves | | |


Escritor Joaquim Campello narra fatos que marcaram a trajetória de um dos maiores Best Sellers da nossa literatura.

O início da noite de domingo na Feira do Livro de São Luís foi marcado pela descontração e boa conversa, como só se faz em uma roda de amigos.

Foi nesse cenário que o escritor maranhense Joaquim Campello recebeu convidados e o público em geral para contar um pouco da sua participação na trajetória do Dicionário Aurélio, umas das publicações de maior sucesso da literatura nacional.

Filho da classe nobre ludovicense das décadas de 40 e 50, o então jovem Joaquim Campello teve um privilégio de sair para estudar no Rio de Janeiro. Lá, participou de um curso que visava formar profissionais para atuar na administração pública e dar maior qualidade ao sistema burocrático vigente.

Essa experiência foi o primeiro passo para seu envolvimento na história do dicionário. Tudo por conta de uma intriga existente entre os alunos do curso e um professor de Língua Portuguesa. O resultado da rusga é que o professor acabou substituído pelo mestre Aurélio Buarque de Holanda.

Sempre muito dedicado aos estudos, Campello logo ganhou destaque na turma e chamou a atenção do mestre. Não demorou muito para que os dois iniciassem uma parceria duradoura, marcada pelas dificuldades, mas coroada pelo sucesso.

Devido a proximidade entre os dois, o maranhense passou a freqüentar a casa do professor, que aproveitava a presença do aluno para lhe pedir que o ajudasse no ofício de revisar obras literárias.

Mas o primeiro grande salto na carreira de Aurélio Buarque foi a oportunidade de substituir Manoel Bandeira na coordenação dos trabalhos do dicionário editado pela Editora Nacional. Logo notabilizou-se como dicionarista pelas suas qualidades de bom gramático e pelo formato que empregou ao dicionário.

O mais curioso, ressaltou Campello, era que “Aurélio não tinha formação acadêmica para a literatura. Era uma pedra bruta. Era só ele e a língua”.

Entretanto, apenas a habilidade com as palavras não foi suficiente para garantir o sucesso inicial da empreitada de formatar um dicionário. Segundo o escritor maranhense, fiel escudeiro de Aurélio, o amigo tinha dificuldades para cumprir prazos, devido ao esmero com que tratava suas produções, mas também devido à dificuldade de organizar as idéias.

Tanto que as primeiras tentativas de fazer o dicionário, ligadas à produção em volumes encartados em revistas de sucesso na época, como a Cruzeiro, fracassaram.

Contudo, Joaquim Campello acreditava que o sucesso era iminente e insistia na idéia de apoiar Aurélio na produção do Dicionário.

Até que o idealismo se concretizou por meio de uma aposta da editora Novo Horizonte. Com o dicionário nas ruas, o sucesso foi praticamente imediato, garantindo, inclusive, um novo fôlego para a editora.

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