terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo

Não é estranho?
Passar todos os dias do ano, 365 dias esperando pra renovar sua esperança, 52 semanas de expectativa aguardando o futuro. Me questione, mas é um ano novo, tudo novo. Mas amanhã também não é um dia novo? Outro mês também não é um mês novo? Ou até mesmo a semana que vem não é inédita? Pra que esperar todo esse tempo para ter esperança por algo melhor, para aquecer uma paixão, para tentar um novo amor, para procurar emprego, para parar de fumar. Ano Novo é somente um ano novo, nada de mais, porque não podemos fazer isso em um dia novo, uma semana nova ou até mesmo em uma hora nova?
Se na passagem do ano vários problemas somem, pessoas chegam a chorar, é tudo muito emocionante. Ano Novo, vida nova. Vamos começar de novo, mais um ciclo, mais uma volta em torno do sol. E daí? Tente fazer isso todo dia, renove sua esperança a cada volta da Terra em torno do seu próprio eixo, renove sua vida a cada noite, durma uma pessoa e acorde outra. Nada é tão bom quanto a emoção do novo, tente isso todo dia!

A todos Boas Festas e Feliz 2015

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Piada do Dia


Um casal discute dentro do carro durante a viajem..depois de uns minutos eles passam por uma fazenda, onde há mulas e cavalos. Então o esposo diz: - Seus parentes? a esposa responde: - Sim, sogra e cunhados...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Dia de Gravação 11/12



Joaquim dos Santos Rodrigues: O Seu Lunga

Seu Lunga, em 2012, em sua loja.
Joaquim dos Santos Rodrigues, mais conhecido como Seu Lunga, (Caririaçu, Ceará, 18 de agosto de 1927 – Barbalha, Ceará, 22 de novembro de 2014) foi um poeta brasileiro, repentista e vendedor de sucata residente em Juazeiro do Norte, ao qual são atribuídas diversas piadas sobre seu temperamento, a partir das quais ganhou fama como um notório personagem do folclore nordestino. Seu Lunga era conhecido pela falta de paciência nas respostas.

Joaquim dos Santos Rodrigues nasceu em 18 de agosto de 1927, no Sítio Gravatá, no município de Caririaçu, e viveu a infância com os pais e sete irmãos no município de Assaré.  Recebeu o apelido por uma senhora, sua vizinha, que passou a chamá-lo de Calunga, que mais adiante se reduziu para Lunga.  Com 16 anos de idade, foi morar no município de Juazeiro do Norte.  Casou em 1951 e tornou-se pai de treze filhos.

Lunga era dono de uma sucata em Juazeiro que vende de tudo, desde aparelhos de televisão a frutas. Era considerado pela população como uma lenda viva. 

Em 2008, deu entrevista ao jornal O Povo informando que todas histórias sobre ele contadas em cordéis eram mentiras. Após uma ação judicial, os cordelistas da região ficaram proibidos de escrever sobre sua pessoa. 

Com a popularização das redes sociais, a fama de Seu Lunga se ampliou, com páginas que mantêm vivas suas clássicas frases e comunidades dedicadas à figura do célebre cearense.

Faleceu às 9h30 da manhã do dia 22 de novembro de 2014, na cidade de Barbalha, no Interior do Ceará. Foi internado três dias antes do falecimento, por complicações no sistema digestivo. O quadro piorou, levando ao falecimento do poeta. Lunga tinha 87 anos e estava internado no Hospital São Vicente de Paulo, onde tratava de um câncer de esôfago.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Seu_Lunga

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Fim de Ano: Novas Idéias

A partir de hoje, além de reproduzir o noticiario nacional e internacional, também começarei a postar o meu dia -a - dia nas gravações do meu programa humoristico Chapadinha Que Se Cuide - CQSC que vai ao ar todos os sábados, aproveite e acesso o nosso link no lado direito do seu monitor. Boa Tarde e até mais ver!

Foto de Dilvulgação / CQSC

Foto de Dilvulgação / CQSC


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Fãs de Roberto Bolaños lotam estádio Azteca para 'adeus' a Chaves

Velório do ator acontece neste domingo (30) na Cidade do México.
Criador de 'Chaves' e 'Chapolin' morreu nesta sexta-feira (29) aos 85 anos.

Do G1, em São Paulo

Caixão com corpo de Roberto Bolaños chega ao estádio Azteca rodeado de pessoas vestidas de Chapolin (Foto: Alfredo Estella/AFP)


Fãs de Roberto Bolaños lotam as arquibancadas do estádio Azteca para o velório do criador de Chaves e Chapolin (Foto: Marco Ugarte/AP)

No interior do Estádio Azteca fãs exibem bandeiras do Brasil no velório de Roberto Bolaños (Foto: Alfredo Estrella/AFP)


O corpo de Roberto Bolaños, criador dos seriados "Chaves" e "Chapolin", chegou por volta das 17h (horário de Brasília) deste domingo (30) ao estádio Azteca, na Cidade do México, para um velório aberto a seus fãs. Milhares participam do adeus ao humorista – muitos dos presentes usam fantasias.

Promovida pela emissora Televisa, a homenagem se chama "Chespirito: Obrigado para sempre", em referência ao apelido pelo qual Bolaños era conhecido. Ele morreu nesta sexta-feira (28) aos 85 anos em sua casa, na cidade de Cancún.

Ainda no sábado (29), a própria Televisa havia feito uma cerimônia privada em sua sede, também na capital do país. Mais cedo, amigos e familiares haviam se despedido do comediante na residência em que ele morava.
Bolaños se refugiou no banlenário os últimos anos para diminuir os efeitos de uma insuficiência respiratória e de outras doenças.
O ator estava aposentado havia dez anos, mas isso não impediu que se adaptasse aos meios de comunicação mais modernos e se tornou um grande fã das redes sociais, tornando-se o mexicano com mais seguidores no Twitter – mais de 6,6 milhões.

Após sua morte, a TV mexicana emitiu mensagens de luto com um "Obrigado para sempre, Chespirito (seu apelido no México)", como despedida a um comediante que engrandeceu sua história com os personagens da vila do Chaves e as aventuras do heroico Chapolin Colorado.
O menino pobre do barril, que usava boné com tapa orelhas, foi lembrado por muitas personalidades mexicanas, desde o presidente do país, Enrique Peña Nieto, até seus companheiros de viagem na vila, Édgar Vivar (Senhor Barriga), María Antonieta de las Nieves (Chiquinha) e Rubén Aguirre (Professor Girafales).
"Roberto, não se vá, você permanece em meu coração e nos corações de todos aqueles a quem você levou alegria. Adeus ''Chavinho', até sempre", disse Vivar.
Aguirre, por sua vez, disse estar 'estarrecido' pela morte de quem qualificou como o melhor escritor de comédia da televisão mexicana, enquanto María Antonieta agradeceu Bolaños "por ter feito tanta gente feliz e pelos maravilhosos momentos que compartilhamos no grupo".

Polêmica em velório
Neste domingo (30), Carlos Villagrán, intérprete de Quico em "Chaves", negou ter sido barrado na homenagem a Roberto Bolaños, criador do seriado, feita neste sábado (29) na sede da emissora Televisa.
"Queridos amigos, me fizeram várias perguntas sobre uma publicação falsa que circula pela internet, dizendo que Florinda não permitiu meu acesso ao evento privado em honra de Roberto Gómez Bolanõs", escreveu Villagrán neste domingo (30) em seu perfil no Facebook.
No próprio sábado, o jornal "La Opinión" havia informado que Florinda Meza, viúva de Bolaños e intéprete de Dona Florinda em "Chaves", queria restringir o acesso de Villagrán nas homenagens póstumas ao seu marido.
"Quero compartilhar minha posição a respeito: definitivamente, isso não é verdade. Confesso que também duvidei. Representantes da Televisa me procuraram desde o momento em que a morte de Chespirito foi noticiada", descreve o ator na mensagem. Ele publicou em seu perfil duas fotos em que aparece ao lado de Florinda. Numa delas, estão se abraçando.
"Com Florinda, senti apenas a necessidade de lhe dar um abraço, para dividir nosso sentimento por um grande ser, que certa vez uniu a todos num grande grupo de companheiros e amigos. E nossa única intenção foi levar risadas e alegrias a muitos lares", continou Villagrán.
"Sobre esta nota, tratando de desviar a atenção das pessoas para emoções negativas, perguntei diretamente a [emissora] Televisa se isso era verdade. E eles me responderam que era uma nota mentirosa."
Segundo o jornal "La Nación", Florinda queria evitar desencontros ou polêmicas desnecessárias com Carlos Villagrán. De acordo com o periódico, ela desejava restrição "ao homem que durante décadas desqualificou o falecido".
No dia anterior, Villágran havia lamentado a morte de Bolaños em uma rede social. "Hoje, como raramente acontece, fiquei longe do telefone por umas 4 horas e, quando voltei, havia 71 chamadas perdidas, para me dar a triste notícia da partida de Don Roberto Gómez Bolaños. Sinto muito a morte de um grande homem, amigo, gênio", escreveu Villagrán em seu perfil no Facebook.
Carlos Villagrán foi o primeiro ator a deixar "Chaves", ainda na década de 1970. Ele foi autorizado pelo próprio Bolaños a usar a imagem de Quico em um espetáculo solo, mas o processou mesmo assim, alegando ser o criador do personagem.
Após perder a ação, Villagrán disse que havia saído do programa por "ciúmes e inveja" entre os ex-colegas. Outra versão é que Villagrán e Bolaños brigaram porque Florinda Meza teve um relacionamento com Villagrán antes de se casar com o criador de "Chaves".
Assim, o clima entre os atores já não era bom quando o intérprete de Quico participou de seu último episódio, considerado um dos grandes clássicos da série, em que os person

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Morre Roberto Gómez Bolaños, criador de Chaves e Chapolin

Comediante morreu aos 85 anos em no México, segundo rede Televisa.
Ele tinha saúde 'frágil' e vivia com a esposa Florinda Meza em Cancún.

Do G1, em São Paulo

O comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños
(Foto: Henry Romero/Reuters)

O comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños abriu conta no Twitter (Foto: Henry Romero/Reuters)O comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños
(Foto: Henry Romero/Reuters)
Morreu aos 85 anos Roberto Gomez Bolaños, criador dos seriados Chaves e Chapolin, disse nesta sexta-feira (28) a rede de TV Televisa. A emissora mexicana foi a responsável pela produção dos programas do humorista.
Em fevereiro deste ano, quando Roberto Bolaños completou 85 anos, um parente confirmou à agência de notícias Efe que a saúde dele é “frágil” e que ele permanecia quase o tempo todo na cama, com acompanhamento 24 horas por dia. “Mas é um homem forte, que não perde o senso de humor”, disse o parente, que preferiu não se identificar.
Roberto Bolaños tirou seu apelido do dramaturgo William Shakespeare, cujo diminutivo em Espanhol era "Chespirito". Há alguns anos, ele se mudou para Cancún, no México, junto com a mulher Florinda Meza, a Dona Florinda da série.
"Roberto, você não vai, permanece em meu coração e em todos os corações de tantos a quem fez feliz. Adeus Chaves para sempre", disse no Twitter o ator Edgar Vivar, que interpretou o Senhor Barriga.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

NoViDaDeS

Em breve estarei de volta com novidades, não deixem de me acompanhar no facebook e no Chapadinha Que Se Cuide - CQSQ

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Homanagem ao Artista: 25 anos de Nattan Enzo

"Arte não se ensina. É impossível ensinar; na Escola de Belas Artes aprendemos a aprender. Se vamos ser artistas, a vida vai dizer. Poucos se tornam artistas. Ao sair da escola, ele ainda não é... ainda tem de crescer, tem de enfrentar a vida e a sua falta de atalhos. A pessoa não pode atalhar: tem que amar, que sofrer, tem que lutar, educar a sensibilidade; museus, concertos, teatro. A TV em si é um meio fantástico, cheio de possibilidades".


É com essa frase que começo a falar de Natanael Silveira de Sousa, o nosso Nattan Enzo, espero que goste e que curta, minha homenagem a você meu amigo!


Grande comediante tu és
Na tv, ou na rua, você é sempre artista
Pois assim estás na lista
Dentre nossos menestréis

Quem trabalha é pouco visto
Diferente de quem fala
E que recebe a medalha
E acaba virando mito

Pois assim é o artista
Quando em seu isolamento
Sem o reconhecimento
De suas grandes conquistas

É preciso está na mídia
Não precisa ter talento
Vemos a cada momento
Tratamento com desídia

Artista como você
Que hoje é homenageado
Guarde bem este legado
Que fez o povo te vê

Parabéns ao grande artista
Nattan Enzo das Comédias
Ou da musica, ou na tv
Que não lhe percam de vista

Merecida homenagem
Pela contribuição a arte
Você que faça a sua parte
Pelo talento e coragem

Esta é uma das atitudes
Que o nosso artista dispõe,
Ele canta e ainda compõe
Demonstrando as suas virtudes

Nattan você merece
Esta bonita homenagem
Pois guarde bem esta imagem
Que eu e o público te oferece

(TARCÍZIO LEITE / (ADAPTAÇÃO: PEDRO BOTELHO)



















A você o nosso muito obrigado!  Feliz Aniversário!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eduardo Campos: Quem foi o homem que mudaria o Brasil

Eduardo Henrique Accioly Campos (Recife, 10 de agosto de 1965 – Santos, 13 de agosto de 2014) foi um economista e político brasileiro, ex-governador de Pernambuco, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e candidato à Presidência da República.

Campos era graduado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aprovado no vestibular desta instituição com 16 anos, concluiu a faculdade aos 20, como aluno laureado e orador da turma.

Neto do também político Miguel Arraes, que em 1979 retornou ao Brasil após 15 anos no exílio, Eduardo desde cedo conviveu com nomes emblemáticos da política local e nacional.

Segundo sua assessoria de imprensa, o candidato a presidência do Brasil estava presente no avião que caiu na manhã de 13 de agosto de 2014 no litoral de São Paulo .

Nascido no Recife, capital pernambucana, Eduardo Campos é filho do poeta e cronista Maximiano Campos (1941–98) com a ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes (1947). É neto de Miguel Arraes (1916–2005), ex-governador de Pernambuco, sendo considerado seu principal herdeiro político, além de sobrinho de Guel Arraes, cineasta e diretor da Rede Globo de Televisão.

Eduardo Campos formou-se em Economia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi casado com a também economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco Renata Campos, com quem teve cinco filhos. Seu filho mais novo, Miguel, nascido no dia 28 de janeiro de 2014, foi diagnosticado com Síndrome de Down.

Eduardo Campos começou na política ainda na universidade quando foi eleito presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia. Em 1986, Campos trocou a oportunidade de fazer um mestrado nos Estados Unidos pela participação na campanha que elegeu o avô Miguel Arraes como governador de Pernambuco. Com a eleição de Arraes, em 1987, passou a atuar como chefe de gabinete do governador. Neste período foi o responsável pela criação da primeira Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE).

Campos se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 1990. No mesmo ano foi eleito deputado estadual e conquistou o Prêmio Leão do Norte concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco aos parlamentares mais atuantes.

Em 1994, Campos foi eleito deputado federal com 133 mil votos. Pediu licença do cargo para integrar o governo de Miguel Arraes como secretário de Governo e secretário da Fazenda, entre 1995 e 1998. Neste último ano voltou a disputar um novo mandato de Deputado Federal e atingiu o número recorde de 173.657 mil votos, a maior votação no estado.

Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, Eduardo Campos ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso.

No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, Eduardo Campos participou de várias CPI, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF).  Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de menores brasileiros para o exterior fato que, inclusive, teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional.

Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente tem natureza suprapartidária e representa, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor.

Eduardo é também autor de vários projetos de lei. Entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para as cidades brasileiras que possuem acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.


Em 2004, a convite do presidente Lula, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia, tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados. Em sua gestão, o MCT reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do país no contexto global.

Como ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica , resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Outra ação importante à frente da pasta, foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - considerada a maior olimpíada de Matemática do Mundo em número de participantes.

Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do PSB no ano de 2005. A solenidade de posse no cargo foi uma expressiva demonstração de que ele é hoje uma das principais referências da política brasileira. Após seu discurso, Eduardo foi aplaudido de pé pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente, José Alencar; seis ministros, os presidentes nacionais de vários partidos e outras lideranças.

No início de 2006, se licenciou da presidência nacional do PSB para concorrer ao governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011, foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo, por aclamação, e sem concorrentes.


Em 2006 se lançou candidato ao governo do estado de Pernambuco, tendo como coordenadores o ex-deputado estadual José Marcos de Lima, também ex-prefeito de São José do Egito. Mas também contou com apoio de importantes lideranças do interior do estado, como o deputado federal Inocêncio Oliveira e o então prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho. Campos contou com o apoio do presidente Lula, que se dividiu entre o palanque do socialista e do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo, Humberto Costa. Os candidatos de esquerda marcaram posição frente ao nome da situação, o então governador e candidato a reeleição, Mendonça Filho (PFL), apoiado pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).


Eduardo Campos junto com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, 6 de março de 2007.
O primeiro turno apresentou um fato curioso: o presidente Lula manifestou apoio para dois candidatos à sucessão estadual: Eduardo Campos, do PSB, e Humberto Costa, do PT. Tal posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos partidos de esquerda do estado para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas Vasconcelos, que apoiava a reeleição do candidato pelo PFL Mendonça Filho, governador que assumiu o poder após a renúncia de Jarbas em abril de 2006, que saiu do governo para disputar uma vaga de senador, visando a levar as eleições estaduais para o segundo turno.


Lula e Hugo Chávez visitam o canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, acompanhados do governador Eduardo Campos.
Eduardo Campos iniciou a campanha eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a coligação que apoiava Mendonça Filho, utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob o candidato Humberto Costa quando ocupou o cargo de Ministro da Saúde, no governo Lula. Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto poderiam migrar naturalmente para Mendonça. Afirmavam que, mesmo as eleições sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como secretário da Fazenda , nas operações dos precatórios no último governo de Miguel Arraes; o que eles não contavam é que ainda no período eleitoral ele e o governo do avô foram inocentados na justiça, em última instância, sobre o caso.

Humberto Costa, que saiu da campanha do primeiro turno na terceira colocação, manifestou logo de imediato apoio a Eduardo Campos. O candidato do PSB conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as forças sociais e partidos opositores de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. O governador candidato a reeleição, Mendonça Filho, não conseguiu se eleger e Eduardo Campos foi eleito com mais de 60% dos votos válidos para governador no segundo turno.


Com o governo bem avaliado e a popularidade em alta, Eduardo Campos concorreu à reeleição em 2010. Assim como em 2007, contou com o apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Campos foi reeleito, desta vez como o governador mais bem votado do Brasil: mais de 80% dos votos válidos no primeiro turno, derrotando o senador Jarbas Vasconcelos.


Eduardo Campos ocupou o Governo de Pernambuco durante sete anos (2007 - 2014). Na primeira gestão se destacam projetos e obras estruturadoras como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101.

O socialista colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência do Estado - considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do país, entre os vinte e sete estados da federação. O estado de Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009 - contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.


Na segurança pública houve redução dos índices de violência com a implantação do programa Pacto pela Vida. O número de homicídios no estado sofreu uma queda 39,10% desde o início do programa. Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional que é de 27,1 por 100 mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013 houve uma dimunição de 30,3% neste tipo de delito no estado.

Cquote1.svg Esse prêmio é um reconhecimento muito especial, porque é o maior prêmio de gestão pública do mundo. Vamos recebe-lo com muita alegria em nome de tantos, que no anonimato, diariamente nos ajudam no Pacto Pela Vida. Estamos no caminho certo para transformar Pernambuco no lugar mais seguro do País Cquote2.svg
— Sobre o prêmio conquistado pelo Pacto pela Vida18
Em 2013 Eduardo anuncia o rompimento com o governo Dilma, saindo da base aliada, junto com seus correligionários, orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões.

Entre os motivos do rompimento, Campos aponta a manutenção da aliança do governo Dilma com setores políticos tradicionais, entre os quais, com o PMDB. Aproxima-se de Marina Silva e a acolhe, com seus aliados, no PSB, chamando o novo movimento de "Nova Política".

Saúde
Foram construídos três novos hospitais na Região Metropolitana do Recife (RMR) e 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), além da expansão do número de leitos de UTI e UCI. Entre 2006 e 2013, Pernambuco se firmou como o estado nordestino com o maior ganho de anos na expectativa de vida (3,72 anos), superando a média da região. Houve também redução de 9,6% na taxa de mortalidade por causas evitáveis. Em 2011, Pernambuco alcança a média nacional em relação à mortalidade infantil, reduzindo em 47,5% o seu coeficiente.


Entre 2007 e 2011, Pernambuco registrou um crescimento de 14,8% no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb. O número é mais de duas vezes superior à média nacional de 6,2%. Os alunos das Escolas Técnicas Pernambucanas apresentaram um desempenho médio 47% superior em relação aos estudantes de outras partes do Brasil, como São Paulo e Santa Catarina, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Pernambuco tem hoje a maior rede de Escolas de Referência do Brasil, com, 260 unidades. De acordo com pesquisa do Inep, somente em 2012 mais de 85 mil alunos foram matriculados – o que corresponde a 10 vezes mais que a média nacional de 8.509. Em 2013, foram 163 mil alunos matriculados. A Educação Profissional foi ampliada e atualmente 26 Escolas Técnicas estão em funcionamento no estado. O Programa Ganhe o Mundo levou 2.270 alunos para intercâmbios em países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Chile, Argentina e Espanha.


Entre 2007 e 2013 foram gerados 560 mil empregos formais, sendo 150 mil apenas no interior do estado - o que representa uma expansão de 48% no mercado formal de Pernambuco. O governo também atraiu mais de R$ 78 bilhões de investimentos privados. Empresas como Sadia (Vitória de Santo Antão), Perdigão (Bom Conselho), Novartis (Goiana), Kraft Foods (Vitória de Santo Antão) e Fiat Chrysler (Goiana) se instalaram no estado.

Oficialmente confirmada como pré-candidata à reeleição, Dilma Rousseff tem entre seus principais adversários o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o senador do PSDB por Minas Gerais, Aécio Neves.

Eduardo Campos firmou uma aliança programática com Marina Silva, ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente da primeira gestão do governo Lula e atual líder da Rede Sustentabilidade. A dupla confirmou a pré-candidatura da chapa que terá Campos como candidato a presidente e Marina na vice, durante evento realizado em Brasília, em 14 de abril de 2014.


Em outubro de 2013 o então governador Eduardo Campos anunciou a aliança programática com a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cujo pedido de registro do novo partido foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A aliança foi formalizada em 4 de fevereiro de 2014, no evento que lançou as bases para elaboração do programa de governo do PSB-Rede. Na mesma data, o Partido Popular Socialista (PPS), através do deputado federal Roberto Freire, formalizou a entrada do partido na aliança.

As diretrizes para elaboração do programa de governo são: Estado e democracia de alta densidade; Economia para o desenvolvimento sustentável; Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida e Novo urbanismo e o pacto pela vida.

Eduardo Campos anunciou em abril de 2014, em um evento realizado em Brasília, a pré candidatura a presidência do Brasil, tendo como vice a líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.

Premiações

2009 - considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.

2010 - primeiro colocado no Ranking de governadores estabelecido pelo Instituto Datafolha de Pesquisas, sendo uma dessas com 80% de aprovação entre os pernambucanos.

2011 - apontado pela pesquisa Ibope/Band como o melhor governador do Brasil e novamente, pela Revista Época, um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.

2013 - Pacto pela Vida recebe o prêmio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na categoria “Governo Seguro – Boas práticas em prevenção do crime e da violência”.


Em 13 de agosto de 2014, o então candidato a presidência da República estava em um avião Cessna Citation Excel que saiu do Rio de Janeiro e caiu em Santos, no bairro do Boqueirão, matando os 7 ocupantes.



FONTE: Wikipédia






Ator Robin Williams é encontrado morto aos 63 anos

O ator norte-americano Robin Williams, famoso por papéis em filmes como "Patch Adams - O Amor é Contagioso" e "Sociedade dos Poetas Mortos", morreu nesta segunda-feira (11), aos 63 anos. De acordo as autoridades locais, o corpo dele foi encontrado em sua casa, em Tiburon, na Califórnia, sem sinais vitais. A suspeita é de que a morte tenha sido causada por asfixia.

"Nesta manhã eu perdi meu marido e meu melhor amigo", disse a mulher do ator, Susan Schneider, à imprensa norte-americana. "Em nome da família do Robin, peço que respeitem nossa privacidade nesse momento e que lembrem dele não por sua morte, mas pelos momentos de alegria e risada que ele proporcionou a todos ao longo de sua carreira", completou. A porta-voz da família, Mara Buxbaum, disse que Williams estava "enfrentando uma forte depressão nos últimos tempos".

Vencedor do Oscar de ator coadjuvante por "Gênio Indomável" (1997), Robin Williams se internou no mês passado em uma clínica de reabilitação. Ele estava em um setor da Hazelden Addiction Treatment Center, em Minnesota, que possui um programa focado em manter a sobriedade por longo prazo --Williams lutava contra o vício de cocaína e álcool havia décadas. Em 2006, ele já havia ingressado voluntariamente em uma clínica para tratar o alcoolismo, depois de uma recaída após 20 anos de sobriedade.

Apesar da capacidade de provocar gargalhadas em suas divertidas interpretações e mais de 60 filmes no currículo, Williams reconhecia que continuava marcado por um obscuro episódio ocorrido em março de 1982, quando seu amigo John Belushi foi encontrado morto por overdose de drogas em um apartamento em Los Angeles.

Veja Álbum de fotos
Robin Williams desfrutou de sucesso enorme em Hollywood, mas teve uma turbulenta vida pessoal, lutando contra problemas de saúde, alcoolismo e passando por dois divórcios. Ele se casou com Susan Schneider em outubro de 2011 em Napa Valley. Os dois se conheceram em 2009, depois que ela ajudou a cuidar dele quando foi submetido a uma cirurgia no coração. Anteriormente, ele foi casado com Valerie Velardi, com quem teve um filho, Zachary, e Marsha Garces, de quem se divorciou em 2008 depois de terem dois filhos, Zelda e Cody.

O ator foi indicado quatro vezes ao Oscar, ganhou dois prêmios Emmy, seis Globos de Ouro, dois prêmios do Screen Actors Guild e cinco Grammys. Apesar da experiência como comediante nos palcos, rejeitou várias vezes apresentar o Oscar sozinho (apresentou apenas uma vez com Alan Alda e Jane Fonda em 1983).

Atualmente, Williams estava filmando a terceira sequência de "Uma Noite no Museu", em que dá vida ao presidente norte-americano Theodore Roosevelt, com estreia prevista para dezembro. O ator também voltaria a interpretar Daniel Hillard no segundo volume de "Uma Babá Quase Perfeita", anunciado para 2015. Ele também deixou pronto "Merry Friggin' Christmas", ainda sem título em português e sem estreia prevista, e a comédia "Absolutely Anything", em que ele dá voz ao personagem Dennis the Dog.

Morte

A polícia de Tiburon recebeu às 11h55 (horário local) desta segunda-feira uma chamada de emergência sobre o caso de "um homem encontrado inconsciente e sem sinais de respiração em sua casa", segundo comunicado divulgado pela imprensa dos Estados Unidos. Ao chegar ao local, às 12h02, os oficiais identificaram o corpo do ator.

Informações preliminares da investigação indicam que o ator foi visto vivo pela última vez por volta das 22h de domingo, na residência onde vivia com a mulher.

No momento, autoridades do departamento forense suspeitam que Williams tenha cometido suicídio por asfixia, mas uma investigação mais completa ainda tem de ser concluída antes de uma posição definitiva. Exames toxicológicos devem ser realizados nesta terça-feira.









Fonte:  UOL, em São Paulo

quinta-feira, 24 de julho de 2014

LUTO: Morre o escritor Ariano Suassuna

Escritor de 87 anos estava internado no Real Hospital Português, em Recife, desde a noite de segunda
Morre o escritor Ariano Suassuna  Matheus Beck/Agencia RBS
Suassuna sofreu AVC hemorrágicoFoto: Matheus Beck / Agencia RBS

O escritor Ariano Suassuna morreu nesta quarta-feira. A informação é do Real Hospital Português, de Recife, onde o escritor estava internado desde a noite de segunda-feira. De acordo com a nota de falecimento, Suassuna teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana.  

A morte de Ariano Suassuna, aos 87 anos, no Recife, priva a sociedade brasileira de um personagem ao mesmo tempo singular e polêmico: escritor, teórico, homem de um nacionalismo apaixonado e de uma aversão epidérmica às influências estrangeiras na cultura nacional. Um escritor de grande ambição artística e de fina e metódica construção literária. E um professor/palestrante tão entusiasmado e hábil em tecer causos que bem poderia ser chamado de "showman" – se esse termo tão estrangeiro não fosse, com certeza, desagradar o próprio Ariano, que certa vez disse, textualmente, em Porto Alegre:

– Para mim essa coisa de Xô era a palavra que a gente usava para espantar galinha.

Pode-se dizer que Ariano Suassuna foi um escritor que teve sua vida – e sua obra, em consequência – drasticamente transformada pela História do Brasil. Ele nasceu em 16 de junho 1927, em Nossa Senhora das Neves, o nome de então da capital da Paraíba, quando seu pai, João Suassuna, era presidente do Estado. Três anos depois, já fora do governo, João foi morto durante as tensões políticas que se seguiram ao assassinato de seu sucessor João Pessoa, em 3 de outubro. O crime, passional, foi usado como estopim político para deflagrar a revolução que levaria Getúlio Vargas ao poder. Por boatos de seu suposto envolvimento na morte de João Pessoa, João Suassuna, de uma fação política oposta à de João Pessoa, foi assassinado no dia 9 de outubro de 1930, no Rio. 

Com a morte do patriarca, a família Suassuna se mudou para Taperoá, no Sertão dos Cariris paraibano, em 1933. Ali, o menino Ariano teve contato pela primeira vez com as manifestações tradicionais nordestinas (como cantadores, autos e violeiros) que seriam um dos eixos estruturantes de toda sua obra. Na adolescência, Ariano mudou-se para Recife, capital de Pernambuco, onde completou os estudos secundários e começou a estudar direito. Também foi ali que começou a participar dos primeiros encontros com os círculos artísticos locais. Sua primeira obra, a tragédia Uma Mulher Vestida de Sol, veio a público em 1947, quando o então jovem escritor contava 20 anos. Na peça, já despontavam os elementos que dariam coesão à obra de Suassuna pelas décadas seguintes: o casamento de referências da cultura erudita com as manifestações populares (o romanceiro nordestino, no caso de Uma Mulher Vestida de Sol).

Suassuna alcançou a consagração em 1955, com a estreia de O Auto da Compadecida, até hoje sua obra mais conhecida. A peça recebeu o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Teatro naquele ano e se tornou um dos espetáculos mais populares do teatro nacional – foi adaptado para o cinema com sucesso em duas ocasiões, com os Trapalhões interpretando a peça, em 1987, com direção de Roberto Farias, e em 1999, dirigida por Guel Arraes primeiro como minissérie para a TV Globo e, no ano seguinte, lançada como longa-metragem nos cinemas. Com o sucesso da peça e a publicação, em 1956, de seu primeiro romance, A História de Amor de Fernando e Isaura, Suassuna abandona de vez a carreira de advogado para assumir a cátedra de Estética na Universidade Federal de Pernambuco.
Suassuna a partir daí começa a alternar um ativo papel como agitador da cultura nordestina, em paralelo com sua produção ficcional. Em 1959, funda, com o romancista e dramaturgo Hermilo Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste, embrião do que viria a ser, em 1970, o Movimento Armorial, também capitaneado por ele. A proposta estética do Movimento Armorial era a de revisitar símbolos, sons, manifestações artísticas apropriados pela cultura popular brasileira, mas que remontam à cultura barroca ibérica. O objetivo era criar uma "forma de arte erudita baseada nas raízes populares da cultura brasileira". 

Trabalhando na teoria e na prática, Suassuna apresentou, no ano seguinte, em 1971, seu grande Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai e Volta. O romance é vagamente inspirado em uma guerrilha sebastianista que se autoproclamou "reino independente" na primeira metade do século 19, na região de Pedra Bonita, na divisa entre Pernambuco e Paraíba. O episódio histórico é apenas o pretexto para uma delirante conjunção de arte universal e popular, bebendo na fonte do cordel, de romances policiais baratos, das lendas da Távola Redonda, do Quixote de Cervantes. Aprisionado por um crime, o narrador Dom Pedro Dinis Quaderna narra sua história até ali e as desventuras de sua família, na qual avulta a figura mítica do "rei castanho" – uma forma de Suassuna expressar na ficção o trauma de vida inteira da ausência do próprio pai. 

Além de escritor, Suassuna esteve três vezes à frente de secretarias estaduais em Pernambuco. Foi Secretário de Educação e Cultura de 1975 a 1978; e de Cultura entre 1995 e 1998 (no governo Miguel Arraes) e assessor especial do governo de Eduardo Campos a partir de 2007. Foi eleito em 1989 para a cadeira de nº 32 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Genolino Amado. O patrono da cátedra é Araújo Porto Alegre.

Ao longo das últimos três décadas, Suassuna esteve dedicado à redação de um romance que, de passagem pela Jornada de Literatura de Passo Fundo, em 2005, definiu como a expressão total de seus interesses artísticos. Um livro que pretendia juntar gravura, cordel, teatro, poesia, prosa, repente, para contar a história da formação do povo brasileiro por quatro pontos de vista alegóricos: o de personagens que representam etnias fundamentais da nação. São eles um português, um índio, um negro e um semítico, referência às populações árabes e judaicas que tiveram grande influência na cultura nordestina. Uma obra de proporções monumentais que ele chamava, por isso mesmo, de "o livrão". Em março deste ano, Suassuna anunciou que um episódio desse grande livro seria publicado como uma obra autônoma, O Jumento Sedutor, um texto que transplanta A Metamorfose de Lúcio, de Apuleio, para o Nordeste.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Corpo de João Ubaldo Ribeiro é velado na sede da ABL no Rio

Alba Valéria MendonçaDo G1 Rio
Corpo é velado em salão da ABL (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)Corpo é velado em salão da ABL (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
  O corpo do escritor João Ubaldo Ribeiro, que morreu na madrugada desta sexta-feira (18) no Rio, começou a ser velado no início da tarde na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio. O acadêmico foi vítima de uma embolia pulmonar e morreu em casa, no Leblon.
Família de João Ubaldo Ribeiro acompanha velório no Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Família de João Ubaldo Ribeiro acompanha velório
no Rio (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Inicialmente, o corpo de João Ubaldo seria velado a partir das 10h na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio, mas a cerimônia sofreu atrasos por conta da chegada dos filhos que vieram de outros estados, e acabou sendo adiada para às 12h.
O velório acontecia no Salão dos Poetas Românticos e é aberto ao público, até as 19h. Duas filhas do autor chegaram no local no início da tarde. A academia decretou luto por três dias.
Coroa de flores foi enviada por bar que era frequentado por João Ubaldo (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)Coroa de flores foi enviada por bar que era frequentado
por João (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Várias coroas de flores chegavam à ABL durante toda a manhã, entre elas homenagem de um dos bares frequentados pelo imortal. O corpo só chegou ao local, entretanto, por volta das 11h30.
De acordo com funcionários do Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul, o sepultamento do acadêmico estava previsto para ocorrer às 16h. Por conta das mudanças e da chegada de uma das filhas dele, que mora da Alemanha, o enterro foi adiado para sábado (19).
O escritor era o 7º ocupante da cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 7 de outubro de 1993, na sucessão de Carlos Castello Branco. O secretário geral da ABL, Domício Proença Filho, disse Ubaldo era um escritor voltado para o povo brasileiro.
"Ele não vinha sempre, mas quando vinha era uma festa, com aquela voz de barítono, aquela alegria. Ubaldo era um escritor voltado para o povo brasileiro, a realidade brasileira, com a justiça social. Tinha personagens que retratavam bem essa realidade. Tenho certeza que Zecamunista deve estar muito triste hoje", disse Proença.
O presidente da ABL Geraldo Holanda Cavalcante contou que, nos quatro anos de presidência, encontrou com Ubaldo apenas uma vez, por conta de problemas de saúde do escritor.
"Ele deixa uma marca profunda na história do romance, com 'Viva o povo brasileiro' . Só estive com ele uma vez. Mas sei que ele era uma pessoa jovial, alegre, amigo e muito companheiro. Ele revolucionou o romance brasileiro com 'Viva o povo brasileiro' e 'Sargento Getulio'", disse o presidente.
Internado em maio
A secretária Valéria dos Santos, que trabalhou durante dez anos com o escritor, disse que em maio Ubaldo chegou a ser internado durante cinco dias por causa de problemas respiratórios. Segundo ela, o escritor reduziu o cigarro, mas não chegou a parar de fumar como foi orientado pelos médicos.
Valéria contou que há cerca de um ano e meio Ubaldo vinha escrevendo um novo romance, mas que não revelou seu conteúdo. Ele acordava por volta das 5h para se dedicar ao livro e por volta das 10h, parava para atender telefonemas e outras demandas.
"Ele acordou por volta das 3h [nesta madrugada] e chamou a mulher dizendo que estava se sentindo mal. Chamaram uma ambulância e os paramédicos tentaram reanimá-lo, mas ele já estava morto", contou Valéria acrescentando que o cardiologista particular dele também foi chamado.
Trajetória
João Ubaldo Ribeiro ganhou em 2008 o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. Ele é autor de livros como “Sargento Getúlio”, “O sorriso dos lagartos”, “A casa dos budas ditosos” e “Viva o povo brasileiro”. Também ganhou dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, respectivamente para o melhor autor e melhor romance do ano, por ‘Sargento Getúlio’ e ‘Viva o povo brasileiro".
Nascido em Itaparica (BA), Ribeiro viveu até os 11 anos com a família em Sergipe, onde o pai era professor e político. Passou um ano em Lisboa e um ano no Rio para, em seguida, se estabelecer em Itaparica, onde viveu aproximadamente sete anos.
saiba mais
João Ubaldo também se formou bacharel em Direito, em 1962, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas nunca chegou a advogar. Entre 1990 e 1991, o escritor morou em Berlim, na Alemanha, a convite do Instituto Alemão de Intercâmbio (DAAD – Deutscher Akademischer Austauschdienst).
Ele era pós-graduado em Administração Pública pela UFBA e mestre em Administração Pública e Ciência Política pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) .
O escritor foi professor da Escola de Administração e da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia e professor da Escola de Administração da Universidade Católica de Salvador. Como jornalista, trabalhou como repórter, redator, chefe de reportagem e colunista do Jornal da Bahia; foi também colunista, editorialista e editor-chefe da Tribuna da Bahia.
Ribeiro trabalhou como colunista do jornal Frankfurter Rundschau, na Alemanha, e foi colaborador de diversos jornais e revistas no país e no exterior, entre os quais, além dos citados, Diet Zeit (Alemanha), The Times Literary Supplement (Inglaterra), O Jornal (Portugal), Jornal de Letras (Portugal), Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo, A Tarde e muitos outros.
A formação literária de João Ubaldo Ribeiro iniciou ainda nos primeiros anos de estudante. Foi um dos jovens escritores brasileiros que participaram do International Writing Program da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.Trabalhando na imprensa, pôde também escrever seus livros de ficção e construir uma carreira que o consagrou como romancista, cronista, jornalista e tradutor.