sábado, 26 de junho de 2010

'Ídolos' reestreia cheio de expectativas para edição 2010






Nesta quarta-feira a produção do programa Ídolos chamou a empresa para contar as novidades previstas para o programa em 2010. A terceira edição do Ídolos na Record começou no dia 10 de junho. Os três jurados, Paula Lima, Marco Camargo e Luiz Calainho, além do apresentador Rodrigo faro e a direção da Record e do programa, falaram sobre as novidades para este ano.

A expectativa dos jurados para esse ano não poderia ser melhor. Os três são categóricos ao afirmar que depois de tanto tempo juntos, a relação entre eles está cada vez melhor e que andam se entendendo apenas com olhares e gestos. Calainho diz que o que o faz mais feliz no programa é interatividade que construíram, e que as brigas com Marco, que renderam momentos de tensão na última temporada, não passam de algo do programa. "Depois da discussão, fomos comer uma pizza e estava tudo bem", afirma o empresário.

A casa onde os finalistas ficam confinados na última fase também deve trazer surpresas. O diretor Wanderley Villa Nova disse que neste ano a convivência deve ser mais intensa. "Não falo que deve haver mais divergências, mas queremos tirar mais produtividade dos relacionamentos dentro da mansão".

A diretora artística Fernanda Telles e Rodrigo Faro afirmaram que este um ano de extremos. De acordo com eles e os jurados, nunca os talentos foram tão bons, mas os pirilampos (termo criado por Paula Lima para descrever os candidatos que não tem chance no programa e pagam mico) também são os mais engraçados e "sem-noção". Marco Camargo diz que chegou a não acreditar que alguns estavam lá tentando seriamente uma chance, mas que eles ficam tão bravos quando são eliminados que não há como ser falso.

Com relação aos números, a expectativa também é melhorar. De acordo com Carlos Gonzalez, presidente da FremantleMedia na America Latina, detentora dos direitos do programa, cada episódio do programa custa em média R$ 500.000, o que aumenta a pressão por audiência. No último ano, o programa registrou média de 11 pontos, com pico de 19, e de acordo com Mafran Dutra, presidente do Comitê Artístico de Programação e Produção da emissora, não há meta específica, mas que acreditam numa melhora significativa. Ele também afirmou que a venda de cota para patrocinadores está bem, mas sem especificar números.


Mudanças


Neste ano, os jurados convidados - e famosos - são mais freqüentes. Luiza Possi, Marcelo D2, Reginaldo Rossi e Peninha ajudam os jurados a escolher quem vai para a etapa seguinte. O programa deve mudar de horário, sendo exibido às terças e quintas-feiras. De acordo com Mafran, os realities exibidos neste horário, como O Aprendiz, tem dado bons resultados e deve ser o horário marcado para os realities da emissora. A tecnologia também muda e a partir de agora Ídolos é gravado em Full HD, de acordo com Fernanda Telles.

A grande mudança é a possibilidade de participação de jovens a partir de 16 anos - até a última edição, só poderiam se inscrever maiores de 18 anos. De acordo com Fernanda, 30% dos inscritos estão entre 16 e 18 anos, mas quase 40% dos que passaram pela fase de audições estão nessa faixa etária.

Marco Camargo diz que "eles chegaram com toda a força, mostrando atitude de adulto". O jurado ainda diz que eles deram um "novo colorido" ao programa e que a idade faz com que ainda sejam sinceros, cheguem desarmados para a avaliação: "ali, ele é o que é. Não finge ser outra pessoa, e isso faz toda a diferença".

Conhecido como o jurado durão, ele disse que é diferente dizer "não" para um jovem. "Eles ainda tem muitas fantasias. Um adulto recebe melhor o que eu digo, é mais tranquilo. Um adolescente demora mais pra entender que aquilo que eu disse foi para seu bem." Ele afirmou que tem tomar cuidado com a agressividade, mas sempre falar a verdade.

O que é preciso para ser um ídolo? Uma constante nesses programas que escolhem novas estrelas, é que elas geralmente não viram um real sucesso no Brasil. Ao contrário do que acontece no exterior - Susan Boyle virou a sensação da música ano passado, Leona Lewis vem conquistando cada vez mais sucesso e nos Estados unidos, Kelly Clarkson virou febre e uma grande cantora pop - os vencedores dos realities musicais aqui acabam esquecidos pela mídia. Perguntado como fazer para isso transformar o vencedor num ídolo de verdade, o diretor do programa, Wanderley Villa Nova, falou da responsabilidade da gravadora em promover o artista. Para ele, a Warner está fazendo um ótimo trabalho para Saulo Roston, vencedor da edição 2010, que ele diz estar tocando em verias rádios. Nos anos anteriores, a gravadora Sony que lançava os artistas não tinha esse cuidado.

Entretanto, a concorrência entre as redes atrapalha. "Nos Estados Unidos e Inglaterra, as redes se juntam para levantar um artista vencedor. Aqui, a concorrência acirrada entre os veículos dificulta a penetração do artista no mercado", afirmou Villa Nova.

Calainho trtouxe uma boa notícia, dizendo que o segundo colocado na última edição do programa, Diego Moraes, está com uma música entre as 15 mais executadas no Rio de Janeiro, e com uma boa agenda de shows. Ele lembrou que uma carreira de sucesso não se conquista do dia para a noite, e que tem certeza que tanto Saulo como Diego serão artistas de muito sucesso.


Tainá Tonolli, Portal Terra.