sábado, 4 de fevereiro de 2012

Compositora de ‘Ai se eu te pego’ faz acordo de coautoria com estudantes

Do G1 PB



A cantora Sharon Acioly, que junto com seu parceiro Antonio Dyggs registrou a composição “Ai se eu te pego”, sucesso de Michel Teló, assinou acordo extra judicial com três paraibanas que dizem ter criado o refrão da música. A baiana chegou neste sábado (4) a João Pessoa para uma reunião com as estudantes Karine VinagreDe acordo com a versão do advogado das três meninas, André Cabral, a história teria começado ainda em 2006, quando elas foram à Disney com um grupo de amigas. A brincadeira criada durante o passeio foi levada três anos depois para um show de Sharon Acioly no Axé Moi, em Porto Seguro, onde apenas parte desse grupo esteve presente, junto com outras garotas. A cantora, impressionada pela brincadeira e pela dança das jovens, resolveu repetir o refrão no palco, dizendo “música nova, composição das minhas três backing vocals de João Pessoa”, conforme mostra um vídeo amador disponibilizado no Youtube.
A história permanecia nos bastidores, até que na última terça-feira (31) outras três meninas vieram a público contar o caso e reivindicar o reconhecimento da coautoria do mesmo refrão. Marcela Quirino Ramalho, Amanda Borba Cavalcanti e Maria Eduarda dos Santos também estiveram na viagem à Disney e, segundo Adelson Barbosa, pai desta última, teriam participado da criação da brincadeira. Elas chegaram a realizar um registro público relatando o caso em cartório, no último dia 26 de janeiro.
Informada sobre a polêmica por telefone, através da reportagem do G1 na última terça-feira (31), a cantora admitiu ter se inspirado em uma brincadeira criada pelas garotas de João Pessoa. Ela informou que já havia mencionado o fato em entrevistas e programas de televisão, destacando que teria sido esse o combinado com as meninas, sem detalhar os seus nomes., Amanda Cruz e Aline Medeiros e o advogado delas.
“Foi tudo uma brincadeira, que depois virou brincadeira de palco, que depois virou música. Elas pediram apenas para eu citar que a música tinha sido inspirada nisso, o que venho fazendo em todos os programas de televisão em que participo. Não estou entendendo porque estão falando disso agora. Só vou me pronunciar quando tratar do assunto”, declarou Sharon.
Embora as estudantes Karine Vinagre, Amanda Cruz e Aline Medeiros não tenham se posicionado publicamente, a mobilização provocada pelo segundo grupo fez com que Sharon agilizasse as negociações com as três estudantes com as quais tinha contato. A negociação foi confirmada através de nota oficial de esclarecimento, enviada neste sábado (4) por meio da assessoria de imprensa da compositora, que também compartilhou o comunicado em seu perfil público do Facebook.

“A animadora de palco Sharon Acioly nunca omitiu que a música “Ai se eu te pego” surgiu de brincadeiras realizadas entre as três estudantes de João Pessoa - Karine, Aline e Amanda Cruz, razão pela qual manteve contato com as mesmas para definição das questões legais de registro e edição do hit, que possui como trecho de sua letra a criação das estudantes”, diz a nota.
Na nota consta ainda que “as conversas sobre participação na composição foram definidas recentemente, sendo então finalizada a negociação autoral entre os seus compositores e a editora responsável, estando tais questões contratuais resguardadas pela confidencialidade que é padrão no mercado”.
O advogado André Cabral não entrou em detalhes a respeito dos valores do acordo firmado com Sharon Acioly e com a Editora Pantanal em respeito à cláusula de confidencialidade. Em relação às outras três garotas, que na próxima semana devem entrar na justiça em busca de seus direitos de coautoria, Cabral argumenta que elas teriam sido apenas "propagadoras" do refrão, e não coautoras.
Porém, de acordo com o pai de Maria Eduarda dos Santos, uma das meninas do grupo não beneficiado pelo acordo, a advogada de Sharon Acioly e de Michel Teló teria oferecido inicialmente R$2 mil a cada uma delas para que desistissem do direito de coautoria. Como a oferta foi recusada, Adelson Barbosa contou que uma nova proposta, no valor de R$ 33 mil, também teria sido feita nesta sexta-feira (3), mas também não foi aceita.
A assessoria de imprensa da cantora, por outro lado, negou a participação das outras meninas na elaboração do refrão, em nota oficial. “Quanto às estudantes paraibanas Marcella Quinho Ramalho, Amanda Borba Cavalcanti de Queiroga e Maria Eduarda Lucena dos Santos, que vieram recentemente a público para reivindicar suposta participação na autoria, e divulgaram uma alegada disputa incoerente, esclarece-se que a mesma não é reconhecida pelos verdadeiros compositores e co-autores da obra”.

Polícia prende dois acusados de agredir jovem e mendigo no Rio

Do G1 - São Paulo



Dois dos três jovens acusados de agredir um rapaz na Ilha do Governador, depois dele tentar defender um mendigo que estaria sendo importunado pelo grupo, estão presos. Tadeu Assad Farelli Ferreira, de 20 anos, e William Bonfim Nobre Freitas, de 23 anos, foram presos na noite de sexta-feira (3). O outro acusado, Rafael Zanini Maiolino, de 18 anos, é considerado foragido e está sendo procurado pela polícia. Os três tiveram a prisão preventiva decretada, acusados de tentativa de homicídio qualificado. As informações são da assessoria da Polícia Civil.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Deoclécio Filho, titular da 37ª DP (Ilha do Governador), a polícia ainda tenta identificar outros dois agressores. Segundo os investigadores, os três acusados admitiram ter participado da briga, mas disseram que a confusão foi provocada pelo estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, que está internado.
Tadeu Assad Ferreira é acusado pela principal testemunha do caso de ter começado a espancar Vítor Suarez Cunha. Ele teve afundamento na testa e na região dos olhos, passa por uma cirurgia no rosto neste sábado (4) e pode ficar com sequelas.
As agressões foram na madrugada de quinta-feira (2), por volta de 1h, em uma área nobre da Ilha do Governador. Vítor estava acompanhado do amigo, Kleber, que disse ter visto um grupo de cinco rapazes agredindo um mendigo.
Vítor tentou defender o morador de rua e foi espancado com socos e pontapés. Kleber tentou ajudar o amigo, mas também foi agredido.
A mãe de Vítor, que é assistente social, ficou chocada com a covardia. “Eu acho que minha dor está muito maior por conta de ele ter tentado defender um outro ser humano. Ele foi brutalmente violentado", disse ela.
No fim da tarde de sexta-feira, um outro jovem procurou a polícia e disse que já havia sido agredido por dois dos rapazes identificados: Tadeu Ferreira e Wiliam Freitas, que voltaram à delegacia para participar de uma acareação com a suposta vítima, antes de terem a prisão preventiva decretada.
Os policiais ainda procuram outras testemunhas e o mendigo.
20 chutes no rosto
O amigo do rapaz agredido se disse chocado com a violência do grupo. E afirmou ainda que se sentia culpado porque, segundo disse, foi ele quem tomou a iniciativa de ir falar com o grupo para que parasse de importunar o mendigo. Mas quem apanhou foi seu amigo, segundo contou.
"Foram extremamente violentos, foram chutes com muita vontade, ele já estava caído, imobilizado, e as pessoas continuavam chutando o rosto. O pior é que foi só o rosto. A quantidade de chutes foi imensa, ele deve ter tomado uns 20 chutes, pelo menos, em cinco minutos, foi tudo rápido", disse ele.